Termômetro Anamaco mostra lojistas de matcon mais otimistas com as ações do governo
Termômetro Anamaco mostra lojistas de matcon mais otimistas com as ações do governo – A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar o resultado de fevereiro do Termômetro Anamaco, cuja análise é feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre).
De acordo com o estudo, em fevereiro, houve queda nas assinalações tanto de alta quanto de baixa nas vendas e, por conta disso, maior prevalência da percepção de estabilidade na comparação com o mês anterior.
Apesar de, historicamente, o mês de fevereiro ser mais fraco para o varejo, sobretudo devido ao carnaval, a oscilação frente a janeiro merece atenção, principalmente na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A pesquisa mostra que, em nível nacional, a parcela de revendedores que indicaram crescimento nas vendas no mês frente a janeiro passou de 21% para 19%. Já as indicações de queda passaram de 39% para 30% no mesmo período. Na comparação com fevereiro de 2022 houve melhora. Naquele mês as indicações de alta eram de 17% do total de respostas e as de queda de 37%.
Com esses resultados, o indicador de vendas no mês voltou a subir após duas quedas consecutivas, passando de 82 pontos em janeiro para 89 pontos em fevereiro, mas permanece no campo pessimista (abaixo de 100). Na comparação com fevereiro de 2022 a melhora foi mais expressiva. Naquele mês, o indicador de vendas no mês corrente havia sido de 80 pontos.
Mantendo o padrão observado em janeiro, a percepção de estabilidade nas vendas marcou o mês de fevereiro na visão dos varejistas de material de construção. Essas assinalações foram sempre superiores a 48% das respostas da pesquisa, nível registrado no Sudeste. No Nordeste, a percepção de estabilidade frente a janeiro atingiu 56% do total de respostas.
Também em linha com o mês anterior, as assinalações de queda superaram as de alta em todo o País. A Região mais otimista foi o Sudeste, com 25% de respostas positivas em fevereiro. Mas, mesmo nessa área, as respostas pessimistas (28%) superaram as otimistas. Os maiores níveis de percepção de queda nas vendas foram registrados no Sul e Centro-Oeste (35%).
Na comparação com fevereiro do ano passado, a percepção de que as vendas do mês estavam crescendo foi maior no Sul e no Sudeste. Nas demais regiões, os varejistas estavam menos otimistas em fevereiro do que há um ano.
O levantamento revela, ainda, que, quanto às expectativas para os próximos três meses, houve forte alta das assinalações otimistas em fevereiro. Frente ao mês anterior, essas respostas passaram de 48% para 69%, enquanto as assinalações pessimistas recuaram de 15% para apenas 2% no mesmo período.
Em fevereiro de 2022, as parcelas de respostas otimistas e pessimistas para os três meses à frente foram de 60% e 8%, respectivamente. Com isso, o indicador de expectativa chegou a 167 pontos, o que representa recorde da série histórica.
O nível muito elevado de expectativas de alta nas vendas foi quase homogêneo entre as regiões, situando-se sempre entre 68% e 70%. No extremo oposto, as indicações de queda esperada nas vendas futuras foram sempre muito baixas, atingindo, no máximo, 5% na Região Norte.
Na análise por especialidade das lojas nota-se um perfil muito semelhante: diferença expressiva entre as assinalações de que as vendas irão crescer (sempre acima de 60%) e as assinalações de queda esperada – sempre abaixo de 8%. Mesmo no segmento menos otimista, as lojas generalistas, as expectativas de crescimento só se mostraram relativamente mais baixas por conta de mais assinalações de estabilidade (35%).
Outra avaliação feita pela pesquisa mostra que as expectativas para as ações do governo nos próximos doze meses sofreu em fevereiro uma forte inflexão, só comparável a que tinha ocorrido em outubro passado mas, desta vez, em sentido oposto. Na comparação com janeiro, as assinalações otimistas saltaram de 34% para 57%, enquanto as pessimistas recuaram também de 34% para 18%.