Imprensa repercute Indicadores Imobiliários Nacionais
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou os Indicadores Imobiliários Nacionais, nesta segunda-feira (27), com dados coletados em pesquisa realizada em 207 cidades do país que incluíram as capitais, regiões metropolitanas e praças intermediárias. A íntegra do evento está disponível no canal da entidade no YouTube.
O jornal Folha de S. Paulo destacou a queda de vendas e lançamentos no quarto trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com a pesquisa, os lançamentos de imóveis no país caíram 23,1% no quarto trimestre perante o mesmo período do ano anterior.
No acumulado de 2022, os lançamentos recuaram 8,6% frente a 2021, para 295.447 unidades. Apesar da queda, o volume de lançamentos de 2022 foi o segundo maior da história, atrás apenas de 2021, destacou a publicação Broadcast, da Agência Estado. Ela traz ainda a preocupação do setor da construção civil com a velocidade do governo em relação aos ajustes do programa MCMV.
A Agência Reuters destacou que as vendas de unidades caíram 23% no quarto trimestre frente aos três últimos meses de 2021 e 3,3% na comparação com o período imediatamente anterior. No ano passado como um todo, as vendas de imóveis que integram o programa caíram 13,5%, para 130,6 mil unidades, e os lançamentos recuaram quase 24%, a 109,3 mil.
A agência reproduz declaração do presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirmando que “90% do déficit habitacional brasileiro, de cerca de 6 milhões de moradias, está na faixa 1 do MCMV, englobada por famílias carentes”. Segundo reportagem replicada pelo site UOL, a caderneta de poupança, uma das principais fontes de financiamento para o setor imobiliário, perdeu mais de R$ 80 bilhões, o que restringiu também os financiamentos.
A publicação aponta que a CBIC e demais entidades estão propondo uma série de medidas com sugestões de ajuste no Minha Casa, Minha Vida, e cita declaração do presidente da comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, ressaltando que “se a velocidade das respostas do governo for ágil e tivermos a recuperação do mercado do MCMV a partir do segundo trimestre, poderemos ter um ano muito parecido com 2022”.