EXPECTATIVAS DO VAREJO DE MATCON SOBRE AS VENDAS OSCILAM, MAS MOSTRAM LIGEIRA MELHORA
A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgaram, hoje, os resultados do Termômetro Anamaco de agosto. De acordo com o levantamento, a percepção dos varejistas de material de construção voltou a apresentar ligeiras alterações, observadas nos âmbitos nacional e regional.
As assinalações de alta nas vendas no mês subiram um ponto percentual, passando de 26% em julho para 27% em nível nacional, enquanto as indicações de queda recuaram de 22% para 20% no mesmo período. Em comparação com agosto de 2022, houve relativa piora no que diz respeito à percepção de alta nas vendas: naquele momento, as avaliações otimistas foram 30% do total de respostas, enquanto as pessimistas foram de 20%.
Considerando as expectativas para as vendas nos próximos três meses as assinalações otimistas também recuaram frente a julho, passando de 66% para 62%. Em agosto do ano passado, eram 61%. Considerando as grandes regiões, os resultados do Termômetro revelaram uma dinâmica bem menos variada do que no mês anterior.%0D%0AAs percepções de alta nas vendas correntes subiram em todas as regiões, exceto no Sudeste, onde cederam um ponto percentual. A maior oscilação foi observada no Norte, que passaram de 24% para 35%.
A queda, por outro lado, recou em três regiões: Sudeste, Sul e Norte, registrando alta no Nordeste (6 p.p.) e Centro-Oeste (2 p.p.). Destaque para o Sul, onde as indicações de retração recuaram 14 p.p. em relação a julho, chegando a 16% em agosto.%0D%0AJá as expectativas para os próximos três meses diminuíram em todas as regiões, exceto no Sudeste, onde as assinalações de crescimento ficaram estáveis em 58%. Houve queda no Sul (67% para 63%), Norte (de 76% para 61%), Nordeste (77% para 70%) e Centro-Oeste (72% para 57%) na comparação com o mês de julho.
No que se refere ao âmbito nacional, o Termômetro revelou que o indicador de vendas do mês subiu de 104 pontos para 107 pontos sobre o mês anterior. No entanto, a média móvel trimestral diminuiu de 104,7 pontos para 102,7, ainda no campo positivo (acima de 100). Em igual mês do ano passado, o mesmo indicador de vendas correntes ficou em 110 pontos. O indicador de expectativas também recuou, apesar de se manter em nível bastante otimista, passando de 161 pontos para 154 pontos sobre julho. Com isso, a média móvel trimestral foi de 158,3 pontos para 157,7 pontos. Em agosto de 2022, esse indicador atingiu 155 pontos.
Na análise por especialidade das lojas, os resultados de agosto também revelaram poucas oscilações frente ao mês anterior. A alta nas vendas correntes avançou no varejo especializado em cerâmicos e pintura, mas recuaram em todos os demais, inclusive nas lojas de artigos em geral (sem especialidade). No comércio de artigos elétricos e hidráulicos, as indicações pessimistas sobre as vendas correntes caíram bastante: 13% e 17%, respectivamente.
Na avaliação pelo porte de loja, o maior otimismo mostrou-se junto aos grandes revendedores (mais de 99 funcionários), com elevação nas assinalações de alta nas vendas correntes, que passaram de 23% para 42%. Nos demais recortes, as oscilações desse indicador foram bem pequenas, com predomínio de que as vendas se mantiveram constantes.
Quanto às ações do governo esperadas para os próximos 12 meses, o otimismo dos lojistas caiu de 38% para 35% na comparação com julho, enquanto o pessimismo subiu de 27% para 29%.