CBIC reduz expectativas de crescimento do setor, esclarece economista
As novas projeções de crescimento para o setor da construção foram destaque durante a live CBIC economia, promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta quinta-feira (20). Considerando a redução das expectativas de desempenho da economia brasileira e a falta da previsibilidade da queda da taxa de juros, a CBIC reduziu as expectativas de crescimento do setor, para 2023, de 2,5% para 2,0%, explicou a economista da entidade, Ieda Vasconcelos.
Embora com resultado bastante positivo em 2022, o setor encerrou o quarto trimestre com queda de suas atividades (0,7%), em relação ao 3º trimestre, conforme demonstrou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo dados apresentados pela economista, o setor perdeu fôlego no último trimestre de 2022. “O último registro que o setor apresentou recuo, na comparação de um trimestre em relação ao imediatamente anterior foi no período abril-mai-jun/20, ou seja, no início da pandemia no Brasil”, explicou.
Já nos primeiros dois meses de 2023, conforme demonstrado pela Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o apoio da CBIC, foi evidenciado um menor dinamismo da construção. Na avaliação dos empresários do setor, o patamar de atividades caiu na comparação com igual período de 2022.
Com o menor nível de atividades, o indicador de confiança dos empresários acabou reduzindo, explicou Ieda. E, apesar de ainda demonstrar confiança, o indicador encontra-se em patamar bem próximo da estabilidade. O menor dinamismo das atividades, nos primeiros meses do ano, certamente influenciam as expectativas para os próximos seis meses. “As expectativas do nível de atividade para o setor encontram-se no menor patamar, para um primeiro trimestre, desde 2017”, disse.
Outro indicador em destaque durante a live foi o resultado do emprego formal. Segundo a economista, o 1º bimestre/23 registrou resultados positivos quanto ao mercado de trabalho do setor. “Isso é reflexo do ciclo de negócios ainda em andamento. Entretanto, ele perdeu forças em relação aos últimos três anos”, apontou.
O número de novos empregos formais gerados pela construção foi o menor, para o período, desde 2019. O dado aponta que o setor continua gerando novos empregos formais, mas com menor intensidade em relação aos anos anteriores, destacou Ieda.
A perda de recursos da caderneta de poupança e a redução do volume de financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) também foram destacadas durante a live, além do custo da construção, que indica um patamar superior à inflação oficial do país.
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A ação integra o projeto “Inteligência Setorial Estratégica”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).